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por Fabricio Vieira, facilitador de aprendizagem e fundador da Casa Movere 

A autonomia é uma das soft skills mais valorizadas pelos profissionais de RH e gestores. Ter alguém capaz de gerenciar suas próprias tarefas, buscar soluções inovadoras, tomar decisões e atingir metas é altamente desejável para agilizar os processos e obter bons resultados nas empresas.

No entanto, a formação de profissionais autônomos depende de fatores essenciais, sendo dois deles imprescindíveis: uma cultura organizacional com gestão flexível e menos hierárquica, e a empatia. Se uma empresa é excessivamente hierarquizada, com várias camadas de tomada de decisão, é provável que os profissionais autônomos percam a motivação e se sintam desvalorizados, levando-os a buscar outras oportunidades no mercado.

Felizmente, se essa não é a realidade da sua empresa, o papel crucial está nas mãos das lideranças. Pessoas com autonomia de pensamento e capacidade crítica são raras, especialmente no Brasil; fomos culturalmente moldados desde a infância para obedecer a regras e autoridades, com pouco espaço para debater ideias e investir em inovação.

Ninguém chega à empresa pronto com essa bagagem de autonomia. Portanto, é necessário dar espaço e compreender o histórico de cada profissional para que eles possam desenvolver sua autonomia, autogerenciamento e contribuir com novas ideias e tomadas de decisões. É fundamental que as lideranças desenvolvam empatia em relação a esses profissionais, compreendendo as limitações impostas pelo sistema educacional e pela sociedade.

“Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido”, disse Herman Hesse. Ao compreender essas limitações, as lideranças podem criar um ambiente receptivo e propício para os novos colaboradores, bem como para aqueles que já estão na empresa. Isso se torna ainda mais importante na nova economia, onde a inovação, o engajamento e a velocidade são determinantes.

Convidamos lideranças e gestores a promoverem não só a empatia, compreendendo as necessidades e desafios dos colaboradores, mas também um ambiente que incentive a autonomia, valorize a diversidade de ideias e cultive a confiança. Sua empresa já é assim? Seus gestores estimulam sua autonomia? Conte para nós!